segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Aniversário Fundação Gentil Afonso Durães


A fundação completou 8 anos em outubro e comemorou com bolo e frutas e claro, com as crianças as principais beneficiadas da fundação.

As frutas foram doadas da empresa Ceazza e o processo de higienização doado pela empresa Vegetais Processados.


E assim, a Fundação Gentil Afonso Durães continua contribuindo pelo futuro de crianças e jovens, criando novas oportunidades, ajudando crescendo novos futuros e um mundo melhor.


http://www.gentilafonsoduraes.org.br


Twitter - @fundacaogad

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Campanha incentiva descarte correto de lixo eletrônico

Até o próximo dia 26, os moradores de Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e do Rio de Janeiro poderão descartar de forma correta o lixo eletrônico, como celulares e computadores obsoletos e estragados.

A coleta do material faz parte da estratégia de consumo sustentável desenvolvida pelo Ministério do Meio Ambiente. A expectativa do órgão é que sejam coletadas 50 toneladas de lixo eletrônico nestes 15 dias.

"Temos que conscientizar os consumidores que há lugar [adequado] para o lixo eletrônico", disse a gerente de Consumo Sustentável do Departamento de Produção e Consumo Sustentável do ministério, Fernanda Daltro.

Segundo ela, o lixo coletado durante a campanha será reciclado ou descartado por empresas de reciclagem.
A campanha será desenvolvida por meio de parceria do ministério com companhias de metrô de Brasília, São Paulo, do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte, o Carrefour, a Phillips do Brasil, a Oxil --empresa que atua no mercado de reciclados desde 1988-- e a Descarte Certo. Neste ano, o governo instituiu outubro como o Mês do Consumo Sustentável.

Em Brasília, a população poderá descartar o lixo eletrônico em um coletor da estação Galeria dos Estados do metrô, no Setor Comercial Sul.

Em São Paulo, o posto de coleta ficará na estação Tucuruvi, na Linha 1 Azul.
No Rio, o material poderá ser deixado na estação Carioca e em Belo Horizonte, na estação Eldorado.


O Brasil consome por ano mais de 120 milhões de eletroeletrônicos. Pelo menos 500 milhões de produtos se encontram sem uso nas casas dos brasileiros.
Esses produtos contêm mercúrio, chumbo, fósforo e cádmio --substâncias podem contaminar o ar, a água e o solo.

Por isso, o ministério que conscientizar a população sobre a necessidade de descartar de forma correta o lixo eletrônico.

Fonte: Folha Online
Site: http://folha.com/no989453

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Renovação de canaviais trará resultados só em 2015

A retomada da renovação dos canaviais ao ritmo de 20% ao ano no Centro-Sul só deve alcançar a produtividade de 2008 em três anos. Até lá, a oferta de matéria-prima pode cair, pois a área renovada demorará a produzir. Para o setor, a renovação depende de crédito e do esforço de fornecedores de cana para aportar novos investimentos. De três anos para cá, com a crise do setor de açúcar e álcool, a renovação ficou abaixo do normal, envelhecendo lavouras e reduzindo a produtividade.
Dados do setor apontam que 59% dos canaviais eram considerados jovens em 2008 - estavam até o terceiro ou quarto cortes, e produziam 90 toneladas de cana por hectare. Sem a renovação, o porcentual de cana jovem caiu para 45%, com produtividade de apenas 68 toneladas/hectare na atual safra, devendo chegar a 41% em 2012.
"Se renovarmos, em média, 15% ao ano e houver expansão de 4%, voltaremos a ter, em 2015/2016, um índice de 44% de canavial jovem, com alta produtividade e média de 80 toneladas/hectare", avaliou o presidente da Canaplan Consultoria, Luiz Carlos Corrêa Carvalho. "Isso dependerá de investimentos e de crédito de plantio, que terá importância absurda."
Crédito
No Plano Agrícola 2011/2012, o governo criou uma linha de financiamento para a renovação ou expansão de canaviais de até R$ 1 milhão por produtor, com 5 anos para pagar e 18 meses de carência. O governo avalia ainda uma linha para as usinas renovarem lavouras próprias, de R$ 50 milhões por companhia. O diretor de Produção Agrícola da Raízen, Cassio Paggiaro, tem dúvidas se realmente o ritmo de renovação será forte a partir de 2012. "É relativo se haverá recuperação rápida; é uma decisão individual e depende de dinheiro; por isso é preciso um plano adequado para que o governo nos ajude."
Para o diretor de Produção Agrícola da Guarani, Jaime Stupiello, a renovação depende das condições financeiras e da vontade dos fornecedores independentes. "Quando o preço está bom, o fornecedor não renova e, quando está ruim, não tem dinheiro." O diretor de Produção Agrícola na Região Sudeste do Grupo Carlos Lyra, Eduardo Scandiuzzi, avalia que mais de 60% do canavial utilizado pela companhia no Triângulo Mineiro está acima do quarto corte. Mas, por ter áreas de expansão para plantios novos, a empresa renovará só 10% da lavoura. Já para os fornecedores, a renovação deve ser mínima. "Fornecedor de cana vem de dívidas anteriores e não vai reformar rapidamente", diz ele. Grande fornecedor de cana em São Paulo e Minas Gerais, o produtor Paulo Rodrigues, executivo do Condomínio Santa Isabel, admite que a melhoria dos preços da cana faz com que a reforma prioritária não seja no campo, e sim "no caixa da empresa".
Fonte: Estadão Online
Site: http://goo.gl/vlHHH

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

SEMINÁRIO DA AGRONOMIA: Palestras vão capacitar profissionais de Ciências Agrárias

O Seminário ‘Semana da Agronomia’ promovido pela Associação dos Engenheiros Agrônomos de Rondonópolis (Aeagro), nos dias 13 e 14 de outubro abordará temas técnicos e as atualidades das ciências agrárias e à formação profissional, além de promover importantes debates sobre a agricultura na região.

No primeiro dia o professor doutor Mário Zortéa Antunes Junior vai proferir a palestra ‘Fisiologia Vegetal na Agricultura Moderna’. Segundo Zortéa, a fisiologia vegetal é responsável por estudar os fenômenos vitais que ocorrem nas plantas, bem como as respostas das mesmas às variações que ocorrem no meio ambiente. “Embora vista com certo receio por parte do meio agronômico, a fisiologia vegetal é base para o entendimento das mais diversas áreas da agronomia, estando envolvida diretamente na busca por respostas das dúvidas e questionamentos que circundam o meio agronômico”, explicou.

Fechando o primeiro dia, o gerente técnico e de regulamentação estadual da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Luis Carlos Ribeiro abordará o tema ‘Desenvolvimento de Produtos – Da Molécula a Formulação’. Ribeiro irá mostrar a necessidade da geração de alimentos no mundo, aumento da produtividade no Brasil, os problemas de logística, produzir com responsabilidade, controle de pragas (alvos biológicos que causa danos econômicos), defensivo agrícola químico como uma das ferramentas no Manejo Integrado de Praga, desenvolvimento de uma nova molécula de defensivo químico e como ela chega ao mercado e além das Legislações e Registro de defensivos no Brasil, classificação toxicológica, leitura de rótulo e bula.

No segundo dia o especialista em plantas daninhas, engenheiro agrônomo, Walter José S. Buzatti, que proferirá sobre ‘Resistência das Plantas Daninhas aos Herbicidas’. A resistência das plantas daninhas aos herbicidas e um fenômeno que vem ocorrendo a muitos anos,  os primeiros casos foram registrados na década dos anos 60. Atualmente é grande preocupação a nível internacional, segundo a FAO as perdas de rendimento das culturas devido à presença de plantas daninhas resistentes são tidas como uma ameaça para aumento da produção de alimentos no mundo. Encerrando o evento a coordenadora técnica do Laboratório de Nematologia da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), Neucimara Ribeiro, abordará os riscos do fitonematóides.

O seminário será realizado na sede social da Aeagro, na rua São Paulo no Bairro Monte Líbano, a partir das 17h30. A taxa de inscrição será de R$ 10 para associados e estudantes de agronomia e para não associados R$ 20. Outras informações pelo telefone: (66) 3423-5524.



Fonte: Portal do Agronegocio
Site: http://goo.gl/5FgUx

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Brasil está longe de ser o país que mais preserva

Responda rápido: qual é o país do mundo que tem 69% de suas florestas preservadas e uma lei ambiental rigorosa, na qual o governo determina o que proprietários privados podem ou não podem fazer com a mata em suas terras? Sim, você acertou: a Suécia.

Um relatório divulgado ontem por organizações ambientalistas comparou a proteção florestal em 12 países e afirma que o Brasil não apenas está longe de ser a nação que mais preserva, como tampouco é o único no qual a conservação é imposta pelo governo a donos de terras.
Com 56% de sua cobertura florestal preservada, o Brasil fica atrás dos desenvolvidos Suécia e Japão (69% de florestas em pé), e não muito à frente da Indonésia.

O arquipélago asiático, segundo país do mundo com maior cobertura de floresta tropical e visto como desmatador insaciável, mantém 52% de suas matas preservadas. A taxa de devastação brasileira, porém, é maior do que a da Indonésia.

Trator usado para derrubar árvores pela raiz; Brasil tem apenas 56% de cobertura florestal preservada

A análise foi feita pela ONG paraense de pesquisas Imazon e pela britânica Proforest, por encomenda do Greenpeace. "Queríamos saber se leis de defesa da floresta são mesmo uma 'jabuticaba', como a bancada ruralista afirmou durante a discussão do Código Florestal", afirmou Paulo Adário, diretor do Greenpeace na Amazônia.


Parlamentares ligados ao agronegócio têm dito que só o Brasil tem tanta floresta, que os países europeus já desmataram tudo e que o Código Florestal, lei que impõe a proprietários de terras o ônus da conservação em suas próprias fazendas, é uma "jabuticaba" --ou seja, uma entidade exótica que só existe no Brasil.

O estudo do Imazon mostrou que, entre os países analisados, apenas a Holanda acabou com todas as suas matas --e mesmo assim hoje tem 11% de cobertura florestal plantada.
A França detém 29% de seu território florestado (mais do que os Estados da mata atlântica brasileira), 90% disso com matas primárias ou regeneradas naturalmente.

Os EUA, que como o Brasil são um grande produtor de alimentos, têm 33% de suas florestas preservadas, e não tiveram um palmo de desmatamento desde 1950. Na Europa, na Índia e na China, as florestas aumentaram desde aquele ano.

"Há, sim, regras fortes para a manutenção de florestas nesses países, com imposições sobre as propriedades privadas", disse Adalberto Veríssimo, do Imazon, coautor do estudo.
Na França, por exemplo, qualquer desmatamento maior o que 4 hectares precisa de licenciamento. Nos EUA, a conversão de florestas nativas é proibida.

Segundo Veríssimo, todos os países analisados seguiram uma curva na qual o desmatamento começa por razões econômicas (madeira, terras ou combustível), a cobertura florestal declina até o "fundo do poço" e a floresta começa a retornar depois.
"No Brasil, a entropia gerada com o Código Florestal permite que a curva continue ladeira abaixo", disse.


AGENDA DO BOI
Segundo o pesquisador, os 56% de florestas que sobram no Brasil hoje deveriam ser considerados o "fundo do poço", ou o limite abaixo do qual não cabe mais desmatamento. "Se o Brasil fosse para 62% [de cobertura florestal], ainda sobraria um grande estoque de terras abertas."
Isso porque o grosso do desmatamento no país foi feito para a pecuária, que tem produtividade média de apenas 1,1 cabeça por hectare.
"Existe no debate do código uma contaminação da agenda da pecuária, que se impõe sobre dois setores competitivos, o de grãos e o de florestas plantadas, que não precisam do desmatamento para se expandir", afirmou Veríssimo.

Segundo ele, é possível triplicar a produtividade da pecuária no Brasil e ainda assim manter a carne barata, liberando áreas para a agricultura e a silvicultura.

O pecuarista Assuero Veronez, vice-presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) diz que o estudo é "simplista". "O instituto da reserva legal na propriedade sem compensação ao produtor só existe no Brasil e, de uns tempos para cá, no Paraguai", disse. "Na França as restrições são muito menores."

Veronez concorda em que é possível ampliar a produtividade da pecuária, mas diz que, em alguns lugares, como o Acre, isso implica em um custo adicional que elimina a competitividade. "Você sai do mercado."

Segundo ele, a liberação de áreas de pasto para a agricultura é possível, mas não depende só da melhora dos pastos: "Existem questões de logística e de fontes de insumos", explica. "E transformar o pecuarista em agricultor não é fácil, a menos que você esteja na União Soviética, onde o governo determina e as pessoas têm de fazer."

Fonte: Folha Online
Site: http://goo.gl/epiz0

Código Florestal não é 'jabuticaba', diz relatório

Responda rápido: qual é o país do mundo que tem 69% de suas florestas preservadas e uma lei ambiental rigorosa, na qual o governo determina o que proprietários privados podem ou não podem fazer com a mata em suas terras? Sim, você acertou: a Suécia.

Um relatório divulgado ontem por organizações ambientalistas comparou a proteção florestal em 12 países e afirma que o Brasil não apenas está longe de ser a nação que mais preserva, como tampouco é o único no qual a conservação é imposta pelo governo a donos de terras.
Com 56% de sua cobertura florestal preservada, o Brasil fica atrás dos desenvolvidos Suécia e Japão (69% de florestas em pé), e não muito à frente da Indonésia.

O arquipélago asiático, segundo país do mundo com maior cobertura de floresta tropical e visto como desmatador insaciável, mantém 52% de suas matas preservadas. A taxa de devastação brasileira, porém, é maior do que a da Indonésia.

Trator usado para derrubar árvores pela raiz; Brasil tem apenas 56% de cobertura florestal preservada

A análise foi feita pela ONG paraense de pesquisas Imazon e pela britânica Proforest, por encomenda do Greenpeace. "Queríamos saber se leis de defesa da floresta são mesmo uma 'jabuticaba', como a bancada ruralista afirmou durante a discussão do Código Florestal", afirmou Paulo Adário, diretor do Greenpeace na Amazônia.


Parlamentares ligados ao agronegócio têm dito que só o Brasil tem tanta floresta, que os países europeus já desmataram tudo e que o Código Florestal, lei que impõe a proprietários de terras o ônus da conservação em suas próprias fazendas, é uma "jabuticaba" --ou seja, uma entidade exótica que só existe no Brasil.

O estudo do Imazon mostrou que, entre os países analisados, apenas a Holanda acabou com todas as suas matas --e mesmo assim hoje tem 11% de cobertura florestal plantada.
A França detém 29% de seu território florestado (mais do que os Estados da mata atlântica brasileira), 90% disso com matas primárias ou regeneradas naturalmente.

Os EUA, que como o Brasil são um grande produtor de alimentos, têm 33% de suas florestas preservadas, e não tiveram um palmo de desmatamento desde 1950. Na Europa, na Índia e na China, as florestas aumentaram desde aquele ano.

"Há, sim, regras fortes para a manutenção de florestas nesses países, com imposições sobre as propriedades privadas", disse Adalberto Veríssimo, do Imazon, coautor do estudo.
Na França, por exemplo, qualquer desmatamento maior o que 4 hectares precisa de licenciamento. Nos EUA, a conversão de florestas nativas é proibida.

Segundo Veríssimo, todos os países analisados seguiram uma curva na qual o desmatamento começa por razões econômicas (madeira, terras ou combustível), a cobertura florestal declina até o "fundo do poço" e a floresta começa a retornar depois.
"No Brasil, a entropia gerada com o Código Florestal permite que a curva continue ladeira abaixo", disse.


AGENDA DO BOI
Segundo o pesquisador, os 56% de florestas que sobram no Brasil hoje deveriam ser considerados o "fundo do poço", ou o limite abaixo do qual não cabe mais desmatamento. "Se o Brasil fosse para 62% [de cobertura florestal], ainda sobraria um grande estoque de terras abertas."
Isso porque o grosso do desmatamento no país foi feito para a pecuária, que tem produtividade média de apenas 1,1 cabeça por hectare.
"Existe no debate do código uma contaminação da agenda da pecuária, que se impõe sobre dois setores competitivos, o de grãos e o de florestas plantadas, que não precisam do desmatamento para se expandir", afirmou Veríssimo.

Segundo ele, é possível triplicar a produtividade da pecuária no Brasil e ainda assim manter a carne barata, liberando áreas para a agricultura e a silvicultura.

O pecuarista Assuero Veronez, vice-presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) diz que o estudo é "simplista". "O instituto da reserva legal na propriedade sem compensação ao produtor só existe no Brasil e, de uns tempos para cá, no Paraguai", disse. "Na França as restrições são muito menores."

Veronez concorda em que é possível ampliar a produtividade da pecuária, mas diz que, em alguns lugares, como o Acre, isso implica em um custo adicional que elimina a competitividade. "Você sai do mercado."

Segundo ele, a liberação de áreas de pasto para a agricultura é possível, mas não depende só da melhora dos pastos: "Existem questões de logística e de fontes de insumos", explica. "E transformar o pecuarista em agricultor não é fácil, a menos que você esteja na União Soviética, onde o governo determina e as pessoas têm de fazer."

Fonte: Folha Online
Site: http://goo.gl/epiz0
Responda rápido: qual é o país do mundo que tem 69% de suas florestas preservadas e uma lei ambiental rigorosa, na qual o governo determina o que proprietários privados podem ou não podem fazer com a mata em suas terras? Sim, você acertou: a Suécia.

Um relatório divulgado ontem por organizações ambientalistas comparou a proteção florestal em 12 países e afirma que o Brasil não apenas está longe de ser a nação que mais preserva, como tampouco é o único no qual a conservação é imposta pelo governo a donos de terras.
Com 56% de sua cobertura florestal preservada, o Brasil fica atrás dos desenvolvidos Suécia e Japão (69% de florestas em pé), e não muito à frente da Indonésia.

O arquipélago asiático, segundo país do mundo com maior cobertura de floresta tropical e visto como desmatador insaciável, mantém 52% de suas matas preservadas. A taxa de devastação brasileira, porém, é maior do que a da Indonésia.

Trator usado para derrubar árvores pela raiz; Brasil tem apenas 56% de cobertura florestal preservada

A análise foi feita pela ONG paraense de pesquisas Imazon e pela britânica Proforest, por encomenda do Greenpeace. "Queríamos saber se leis de defesa da floresta são mesmo uma 'jabuticaba', como a bancada ruralista afirmou durante a discussão do Código Florestal", afirmou Paulo Adário, diretor do Greenpeace na Amazônia.


Parlamentares ligados ao agronegócio têm dito que só o Brasil tem tanta floresta, que os países europeus já desmataram tudo e que o Código Florestal, lei que impõe a proprietários de terras o ônus da conservação em suas próprias fazendas, é uma "jabuticaba" --ou seja, uma entidade exótica que só existe no Brasil.

O estudo do Imazon mostrou que, entre os países analisados, apenas a Holanda acabou com todas as suas matas --e mesmo assim hoje tem 11% de cobertura florestal plantada.
A França detém 29% de seu território florestado (mais do que os Estados da mata atlântica brasileira), 90% disso com matas primárias ou regeneradas naturalmente.

Os EUA, que como o Brasil são um grande produtor de alimentos, têm 33% de suas florestas preservadas, e não tiveram um palmo de desmatamento desde 1950. Na Europa, na Índia e na China, as florestas aumentaram desde aquele ano.

"Há, sim, regras fortes para a manutenção de florestas nesses países, com imposições sobre as propriedades privadas", disse Adalberto Veríssimo, do Imazon, coautor do estudo.
Na França, por exemplo, qualquer desmatamento maior o que 4 hectares precisa de licenciamento. Nos EUA, a conversão de florestas nativas é proibida.

Segundo Veríssimo, todos os países analisados seguiram uma curva na qual o desmatamento começa por razões econômicas (madeira, terras ou combustível), a cobertura florestal declina até o "fundo do poço" e a floresta começa a retornar depois.
"No Brasil, a entropia gerada com o Código Florestal permite que a curva continue ladeira abaixo", disse.


AGENDA DO BOI
Segundo o pesquisador, os 56% de florestas que sobram no Brasil hoje deveriam ser considerados o "fundo do poço", ou o limite abaixo do qual não cabe mais desmatamento. "Se o Brasil fosse para 62% [de cobertura florestal], ainda sobraria um grande estoque de terras abertas."
Isso porque o grosso do desmatamento no país foi feito para a pecuária, que tem produtividade média de apenas 1,1 cabeça por hectare.
"Existe no debate do código uma contaminação da agenda da pecuária, que se impõe sobre dois setores competitivos, o de grãos e o de florestas plantadas, que não precisam do desmatamento para se expandir", afirmou Veríssimo.

Segundo ele, é possível triplicar a produtividade da pecuária no Brasil e ainda assim manter a carne barata, liberando áreas para a agricultura e a silvicultura.

O pecuarista Assuero Veronez, vice-presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) diz que o estudo é "simplista". "O instituto da reserva legal na propriedade sem compensação ao produtor só existe no Brasil e, de uns tempos para cá, no Paraguai", disse. "Na França as restrições são muito menores."

Veronez concorda em que é possível ampliar a produtividade da pecuária, mas diz que, em alguns lugares, como o Acre, isso implica em um custo adicional que elimina a competitividade. "Você sai do mercado."

Segundo ele, a liberação de áreas de pasto para a agricultura é possível, mas não depende só da melhora dos pastos: "Existem questões de logística e de fontes de insumos", explica. "E transformar o pecuarista em agricultor não é fácil, a menos que você esteja na União Soviética, onde o governo determina e as pessoas têm de fazer."

Fonte: Folha Online
Site: http://goo.gl/epiz0

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Desmatamento na Amazônia sobe para 7.000 km2


A taxa de desmatamento na Amazônia em 2010 foi revisada para cima: em vez dos 6.450 km2 anunciados pelo governo no fim do ano passado, foram 7.000 km2, como a Folha adiantou em 17 de agosto.
Ainda assim, o número continua sendo o mais baixo desde que o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) começou a fazer a medição, em 1988.


Dados divulgados nesta segunda-feira pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, também sugerem que a tendência de alta de 2011, medida pelo sistema Deter (que informa a devastação mês a mês, mas de forma menos precisa que o sistema que dá as taxas anuais), pode ter sido sustada.
O desmate registrado pelo Deter em agosto foi de 164 km2, comparado a 265 km2 em agosto de 2010. "É o menor agosto da história", disse a ministra.
O Deter apontou uma explosão no desmatamento a partir de abril de 2011, especialmente em Mato Grosso.
O governo considera que expectativas de agricultores em relação à flexibilização do Código Florestal, somadas a mudanças na lei de zoneamento do Estado, explicam a alta. Em resposta, o governo endureceu a fiscalização na região amazônica.

Mesmo com a queda de abril para cá, o desmatamento medido pelo Deter em 12 meses (agosto de 2010 a julho deste ano) ainda é maior do que o de agosto de 2009 a julho de 2010.
Questionada sobre a taxa final de 2011 (a ser divulgada em novembro) poderá não refletir a alta, a ministra disse estar "esperançosa".

Fonte: Folha Online
Site: http://goo.gl/s1S9u